Eu e minha família estávamos muito felizes com a notícia da minha nova gravidez, mas com as más experiências vem o medo, e eu sentia um medo absurdo de perder mais um pequeno.
No dia da minha primeira ultrassonografia eu estava até pálida antes de entrar na sala, mas infelizmente, sai de lá sem chão. A médica disse que conseguia ver a vesícula univitelina e o saco gestacional, mas não conseguia ver o embrião. Informou que ou a idade gestacional foi calculada errada ou a gestação não seguiria em frente, falou que eu deveria realizar o exame novamente após uma semana para ver se o embrião havia desenvolvido.
Sai de lá em prantos, sem chão, sem ar, sem esperança.........
Passei 3 dias chorando sem parar, mas ouvi da minha mãe que temos que confiar em Deus nos momentos difíceis também, porque nos momentos bons é fácil! Na hora achei ruim e respondi mal. Mas fiquei pensando e entendi que ela tinha razão, e que se eu tivesse fé, o Deus do impossível faria seu milagre.
Então ergui a cabeça e segui, fiquei firme, forte até a próxima semana.
Chegada a quarta feira da semana seguinte fui realizar o exame e ver meu milagre, mas sai de lá desesperada, me sentindo um lixo, fracassada, e novamente sem ar, sem chão, sem esperança.
Ouvi que realmente o embrião não se desenvolveu e que a gestação parou em cerca de 6 semanas. A chamada "gestação anembrionada".
Coloquei em questão muitas coisas, afinal todos me diziam que é no momento de Deus, mas me perguntava o porque daquilo tudo, já que eu havia pedido a Deus que só permitisse uma gravidez se fosse da vontade Dele e no momento Dele, isso tudo para que eu não voltasse a sofrer com a perda de um filho!
Para completar, eu tive um aborto retido (no qual a gestação parou de se desenvolver, mas meu corpo não expeliu) numa gestação anembrionada.
Fiquei internada em um hospital da região e para ajudar fui muito mal atendida, passei 2 dias internada me sentindo um lixo, um nada!
Sai do hospital na sexta feira a noite, e até agora sinto dores (hoje é segunda-feira), ainda que seja normal, é tão triste senti dores sem ter em meus braços meu pequeno anjo!
Meu marido foi meu braços e pernas esses dias, desde a primeira ultrassonografia, dou graças a Deus por ele estar ao meu lado naquele momento! Tive todo o apoio da família também, mas ver meu filho ficar triste com a notícia que seu irmão havia partido para virar anjinho não foi fácil!
A dor do corpo logo passa, mas agora resta a dor do coração, essa dor eu não estou aguentando, é muito grande, muito difícil mesmo.
Sei que tenho esse blog para tentar ajudar vocês, mas dessa vez eu não consigo e estou usando este para desabafar com pessoas que eu sei que me entendem.
Ainda assim, desejo que tenham força e se sintam amparada como eu fui, que Deus console o coração de vocês e que dê paz e tranquilidade nessas horas tão difíceis para nós.
Grande beijo e fiquem com Deus mulheres maravilhosas!
